GIL

Wednesday, March 15, 2006

Garcia de Horta




Nasceu em 1501 em Castelo de Vide e morreu em 1568 em Goa.

Garcia de Orta era filho de Fernando (Isaac) da Orta, um mercador, e Leonor Gomes.
Os seus pais eram Judeus refugiados de Espanha devido à grande expulsão ordenada pelos Reis Católicos em 1492
Estudou nas Universidades de
Salamanca e Alcalá de Henares, destacando-se em Artes, Filosofia Natural e Medicina, por volta de 1523.

Regressou então a Castelo de Vide e ali exerceu medicina.
Em
1525 mudou-se para Lisboa, onde se tornou médico de D. João III e onde conheceu o grande matemático Pedro Nunes. Foi professor da cadeira de Filosofia Natural na Universidade de Coimbra em 1530.

Temendo a Inquisição em 1534, embarcou para a Índia como médico do Vice-Rei Martim Afonso de Sousa. Instalou-se então em Goa, onde se tornou amigo Luís de Camões.

Foi lhe doado o Foro da cidade de Bombaim, nesse tempo portuguesa.
Da sua propriedade naquela ilha, exerceu a profissão de comerciante de drogas orientais e
pedras preciosas. Lá construiu um Jardim Botânico, um Museu e uma Biblioteca. Casou com uma rica herdeira, Brianda de Solis em 1543, mas o casal desentendeu-se pouco depois.

Em 1565 a Inquisição foi introduzida no Vice-Reino da Índia e foi criado um Tribunal em Goa. Começaram as perseguições aos Judeus, e Cristão-Novos. A sua irmã, Catarina, foi condenada por Judaísmo e queimada viva num Auto de Fé em Goa, cerca de 1568.
Garcia de Orta foi um Homem do Renascimento, fluente em muitas línguas (português, castelhano, hebreu, latim, grego, árabe) e em muitas ciências



A noz-moscada

Monday, March 13, 2006

Melinde(Malinde)


É uma cidade da costa oriental de África(mapa antigo da sua localização9, banhada pelo oceano Indico, próximo de Zanzibar.

Melinde pertence hoje ao Quénia.

Tendo Vasco da Gama encontrado resistência em Moçambique e Mombaça, a 15 de Abril chegam a Melinde.

Melinde abriu-lhe as portas na esperança de achar nos portugueses bons aliados.

Melinde era o porto mais concorrido do Oceano Índico e foi ali que Vasco da Gama encontrou o piloto árabe que o conduziu a Calecute e a quem alguns cronistas chamam Melemo Cana. O seu nome verdadeiro é Ahmed Mesjid, de alcunha El-Melindi.

Em Melinde as temperaturas são altas e chove muito, este clima caracteriza-se clima tropical húmido.

A Canela


Depois de retirada a primeira camada do tronco da caneleira(planta da imagem), surge uma segunda casca mais macia que é cortada em pedaços. À medida que os pedaços de canela secam ao sol, vão enrolando ligeiramente as pontas, formando um pequeno canudo.

A canela é originária do Sri Lanka (antigo Ceilão), Malásia e Indonésia.

A canela tanto pode utilizar-se em paus (os canudos da casca) como em pó. Em ambos a canela é usada como condimento. Usa-se para temperar pratos doces (sobremesas, chocolates, biscoitos, gelados e as especialidades de natal portuguesas), bebidas quentes (como chocolate e o café, por exemplo) e também sabores salgados, como o arroz indiano, a 'tadjine' marroquina, guisados de carne e caris.Até ao século XIII foi confundida com a `càssia´, uma outra variedade mais amarga conhecida como canela da china.

A verdadeira canela é doce e tem um aroma agradável.Também no campo medicinal a canela marca pontos: é indicada para digestões lentas e difíceis, cólicas e, dissolvida no leite quente, para tratar gripes e constipações.

As primeiras importações de canela para a Europa foram feitas pelos muçulmanos e mais tarde pelos portugueses.

O cravinho


O cravinho provém de uma árvore chamada cravoária, originária do arquipélago das Molucas.Trata-se de uma grande árvore, de copa em forma de pirâmide que se conserva sempre verde, apreciadora de climas quentes e húmidos.

O cravinho obtém-se a partir das flores que, depois de secas, se tornam mais escuras e muito perfumadas.Apesar de ser há muitos anos cultivado na China, os povos ocidentais mais antigos desconheciam o cravinho.

Foram os Árabes que o trouxeram para a Europa, no século IV, mas a origem desta especiaria só foi realmente conhecida depois das viagens de Marco Pólo (no século XIII) e da instalação das feitorias portugueses no Oriente: nessa altura soube-se que o cravinho vinha exclusivamente de umas ilhas chamadas Banda, no arquipélago das Molucas.

Durante algum tempo os Holandeses mantiveram o monopólio desta especiaria confinado a este arquipélago, mas os Franceses conseguiram quebrá-lo passando a cultivar o cravinho nas ilhas Maurícias e da Reunião.O cravinho tem um cheiro quente e um sabor picante, ligeiramente amargo.Usa-se em muitas misturas de especiarias dos países asiáticos e africanos e é ideal para temperar carnes cozidas e estufadas.

Nos países europeus usa-se no pão de mel e no vinho quente e no Natal há quem espete os seus pauzinhos sobre a casca de uma laranja, compondo decorações de formas simétricas.O cheiro, misturado com o da laranja, é a composição certa para um perfume de Natal.